domingo, 27 de novembro de 2011

Para começo de conversa

Das leituras realizadas e das reflexões acerca dos conteúdos apresentados por seus autores, observamos que a gramática é uma área de muitos conflitos: alguns acreditam que já não é para ensinar gramática, outros afirmam que é preciso ensiná-la; outros, ainda, creem que seu ensino deve se assentar nas prescrições da norma-padrão.


Assim, crê-se, ingenuamente, que basta estudar gramática para ser eficiente nas atividades de falar, de ler e de escrever, da mesma forma que se crê, também de forma ingênua, que não é para ensinar gramática. Nós, professores, muitas vezes, nos sentimos inseguros sobre qual caminho seguir, pois mesmo entre os profissionais da área, talvez até não cabendo mais essa questão, não há consenso se devemos ou não ensinar gramática, qual é a maneira mais adequada para o ensino de gramática concretizar-se.


Resta-nos, então, buscar uma resposta para uma questão crucial em nosso trabalho diário:


O que queremos dos nossos alunos e para eles em nossas aulas de língua materna?

Essa questão norteará nosso estudo neste módulo.


O caminho que parece ter sido definido como possível, para pôr ordem na casa e orientar o trabalho com o ensino de língua na escola, tem como ponto de partida uma concepção sociointeracional da linguagem, que está nas bases do trabalho proposto no Currículo de Língua Portuguesa, em consonância com os PCNs, é:


Linguagem como forma (“lugar”) de ação ou interação. É a linguagem como atividade, como forma de ação, ação interindividual finalisticamente orientada, lugar de interação que possibilita aos membros de uma sociedade a prática dos mais diversos tipos de atos, que vão exigir dos semelhantes reações e/ou comportamentos, levando ao estabelecimento de vínculos e compromissos anteriormente inexistentes. (KOCH, 1995, p. 10)

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