Para começo de conversa
Das leituras realizadas e das reflexões acerca dos conteúdos apresentados por seus autores, observamos que a gramática é uma área de muitos conflitos: alguns acreditam que já não é para ensinar gramática, outros afirmam que é preciso ensiná-la; outros, ainda, creem que seu ensino deve se assentar nas prescrições da norma-padrão.
Assim, crê-se, ingenuamente, que basta estudar gramática para ser eficiente nas atividades de falar, de ler e de escrever, da mesma forma que se crê, também de forma ingênua, que não é para ensinar gramática. Nós, professores, muitas vezes, nos sentimos inseguros sobre qual caminho seguir, pois mesmo entre os profissionais da área, talvez até não cabendo mais essa questão, não há consenso se devemos ou não ensinar gramática, qual é a maneira mais adequada para o ensino de gramática concretizar-se.
Resta-nos, então, buscar uma resposta para uma questão crucial em nosso trabalho diário:
Essa questão norteará nosso estudo neste módulo.
O caminho que parece ter sido definido como possível, para pôr ordem na casa e orientar o trabalho com o ensino de língua na escola, tem como ponto de partida uma concepção sociointeracional da linguagem, que está nas bases do trabalho proposto no Currículo de Língua Portuguesa, em consonância com os PCNs, é:
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