domingo, 21 de outubro de 2012

Qual é a diferença entre "através de" e "por meio de" e quando usá-los?

A diferença entre as duas expressões é, originalmente, bem clara: a locução "através de" possui significado ligado a movimento físico, indicando a ideia de atravessar. Assim, temos a seguinte frase: "O namorado passou uma flor através da janela". Nesse caso, o emprego da expressão é adequado.
Já "por meio de" se relaciona à ideia de instrumento, utilizado na execução de determinada ação. Um exemplo correto desse uso é: "Eu enviei o pacote por meio do correio".
O que ocorre é que, num processo metafórico, as duas expressões acabaram se confundindo. Os elementos linguísticos que denotam movimento físico foram sendo progressivamente empregados para referências ao movimento não físico e, em seguida, para outras referências.
Assim, a expressão "através de" passou a ser empregada em um leque maior de situações, como em: "Eu conheci meu namorado através da internet", em vez de "eu conheci meu namorado por meio da internet".
No entanto, vale lembrar que as construções linguísticas que fogem às regras da variedade padrão, embora inteligíveis, não devem ser usadas em contextos formais, como a escola.

Qual a diferença entre "ter a ver" e "ter haver"?

Haver e a ver são parônimos, ou seja, palavras que apresentam similaridade na grafi a e produzem o mesmo som, mas têm significados diferentes. A expressão ter a ver (não ter nada a ver, na forma negativa) vem normalmente seguida pela preposição com e é usada no sentido de ter relação com. Já a expressão ter a haver tem sentido de ter a receber, ter algo como crédito. A expressão ter haveres, por sua vez, significa ter bens, riquezas, crédito.
Confira abaixo alguns exemplos:
Formas incorretas
"O aumento do preço das mercadorias tem haver com a escassez dos produtos."
"Paulo recebeu a primeira parcela do crédito, mas ainda tem a ver 100 reais."
Formas corretas
"O aumento do preço das mercadorias tem a ver com a escassez dos produtos."
"Paulo recebeu a primeira parcela do crédito, mas ainda tem a haver 100 reais."
"A queda das vendas não tem nada a ver com os problemas de trânsito.

O correto é dizer "entregue" ou "entregado", "chego" ou "chegado"?


Ilustração: Mariana Coan
Muitos verbos têm dois particípios, como é o caso de entregar (entregue e entregado) e imprimir (impresso e imprimido). Aqueles terminados em "ado" e "ido" são os particípios ditos regulares e devem ser usados apenas quando o verbo auxiliar for ter ou haver. Já os irregulares (entregue, impresso etc.) são empregados quando o verbo auxiliar é ser, estar, ficar ou qualquer outro que forme a voz passiva. Porém tome cuidado com o verbo chegar. Muita gente acha que ele admite dois particípios. Na verdade, ele aceita apenas um: chegado. A forma "chego" simplesmente não existe.

Quando usar "em vez de" e "ao invés de"?

Tanto "em vez de" quanto "ao invés de" podem ser usados para expressar ideias opostas. Exemplo: a frase "em vez de acordar cedo, João dormiu até tarde" é tão correta quanto "ao invés de acordar cedo, João dormiu até tarde". A diferença é que "ao invés de" carrega apenas o sentido de oposição, enquanto "em vez de" pode ser aplicado também quando o sentido é de substituição. Ou seja: na frase "em vez de pagar com cartão de crédito, Maria preferiu cheque" está correta, mas "ao invés de pagar com cartão de crédito, Maria preferiu cheque" está errada. Veja mais alguns casos:

Com ideias opostas, as duas locuções estão corretas:
Ao invés de descer, o elevador subiu.
Em vez de descer, o elevador subiu.

Quando a ideia é de substituição, apenas "em vez de" pode ser usado:
Em vez de viajar de trem, fui de avião.
Ao invés de viajar de trem, fui de avião.


Qual é a diferença entre "senão" e "se não"?

 

 

Escreve-se "senão" quando a palavra assume as seguintes funções:
1) De conjunção alternativa, podendo ser substituída por "caso contrário";
2) De conjunção adversativa, sendo possível trocá-la por "mas";
3) De preposição, tendo o mesmo significado de "com exceção de" ou "exceto";
4) E de substantivo masculino, significando "falha" ou "defeito".
Já o "se não" só deve ser usado quando o "se" é uma conjunção condicional (substituível por "caso") ou integrante (podendo ser trocada, com a oração que ela introduz, por "isso", "isto" ou "aquilo"). Veja alguns exemplos:

Devemos trabalhar, senão [caso contrário] o contrato será cancelado.

Minha namorada é quase perfeita. Ela só tem um senão [defeito].

Se não chover [caso não chova], irei encontrar meus amigos.

A quem, senão [exceto] a ele, devo fazer referência durante a palestra?

Vencemos a partida de futebol não por sorte, senão [mas] por competência.

Perguntei se não iriam chegar atrasados [perguntei isso].

Em quais situações deve-se usar a palavra "bastante" no plural?

A palavra "bastante" pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Quando adjetivo, admite flexão de número e concorda com o nome a que se refere. Nesse caso, pode ser substituída por muitos(as) ou por suficientes. Quando advérbio, o termo não deve ser flexionado. Como dica prática, nesse caso, ele pode ser substituido por muito (singular).

Elas falam bastante. (falam muito)

Bastantes pessoas compareceram à reunião. (muitas pessoas)

Não há provas bastantes para condenar o réu. (provas suficientes)

Elas são bastante simpáticas. (Elas são muito simpáticas)

Havia bastantes razões para ele comparecer. (muitas razões)






Não sei quando devo usar "nenhum" e "nem um". Qual é a regra?

Embora na fala as duas expressões tenham quase a mesma pronúncia, há diferenças no emprego de nem um e nenhum. Nenhum é um pronome indefinido variável em gênero e número. Quanto ao sentido, nenhum pode ser trocado por algum. Em nem um, temos a conjunção nem seguida do numeral um. Ele pode ser substituido por nem um sequer e nem um só.

Nenhum (equivale a algum)
"Sapato nenhum era confortável para aqueles pés inchados."
"José não rejeitava serviço nenhum."

Nem um (equivale a nem um sequer, nem um só)
"Nem um outro conseguiu resolver o problema."
"Seu argumento, melhor que nem um outro, acabou sensibilizando os jurados."

A palavra nenhum (junto) resulta da aglutinação de Nem um e, em alguns casos, as duas expressões são equivalentes.
"Nenhum (ou nem um) deles conseguiu resolver o problema."

Por que, de acordo com a nova ortografia, há substantivos sem hífen, como "pé de vento"?

Esse é um dos substantivos que apresentam elementos de ligação (nesse caso, o "de"). Uma regra do novo acordo ortográfico determinou o fim do hífen nesses casos. Porém há exceções. Quando a palavra indica elementos da natureza ou quando já é consagrada pelo uso leva hífen.

O hífen permanece em termos consagrados pelo usocor-de-rosa, água-de-colônia

Em palavras compostas que indicam elementos da nturezaerva-de-santa-maria, bico-de-papagaio

Pelo novo acordo perderam o hífenpé de moleque, pé de vento, olho de sogra, dia a dia

Qual a diferença entre poema, poesia e soneto?

No sentido etimológico, poesia vem do grego poiesis, que pode ser traduzido como a atividade de produção artística ou a de criar ou fazer. Com base nisso, a poesia pode não estar só no poema, mas também em paisagens e objetos. Trata-se, enfim, de uma definição mais ampla, que abarca outras formas de expressão, além da escrita.
Já o poema também é uma obra de poesia, mas que usa palavras como matéria-prima. Na prática, porém, convencionou-se dizer que tanto o poema quanto a poesia são textos feitos em versos, que são as linhas que constituem uma obra desse gênero.
Por fim, o soneto é um poema de forma fixa. Tem quatro estrofes, sendo que as duas primeiras se constituem de quatro versos, cada uma, os quartetos, e as duas últimas de três versos, cada uma, os tercetos. Todos eles têm dez sílabas poéticas, classificando-se como decassílabos. Os sonetos costumam ter uma estrutura semelhante. O texto começa com uma introdução, que apresenta o tema, seguida de um desenvolvimento das ideias e termina com uma conclusão, que aparece no último terceto. Essa é, em geral, a estrofe decodificadora de seu significado.




 

Sempre devo usar vírgula antes da palavra "mas"?

Depende. A vírgula é obrigatória quando a conjunção "mas" marca uma oração coordenada adversativa, que indica uma relação de oposição entre as unidades ligadas. A regra também vale para outras conjunções, como "porém" , "todavia" e "entretanto". Quando tivermos não apenas a locução "mas" mas também uma construção que some ideias, como o "mas também", a vírgula é facultativa. Se o "mas" aparecer no início da frase, é preciso intercalar outra no meio da oração, que deve vir entre vírgulas.
Sempre devo usar vírgula antes da palavra

É correto dizer "risco de vida" ou "risco de morte"?

A forma mais precisa é "risco de morte" ou, melhor ainda, "correr o risco de morrer". Mas a expressão "risco de vida" não está incorreta, já que se associa à ideia de colocá-la em perigo. Seu uso está previsto no dicionário Houaiss, que cita a expressão "risco de vida" e é comumente encontrada em textos jornalísticos e literários. O psicanalista Contardo Calligaris, em artigo no jornal Folha de S.Paulo, por exemplo, escreve: "Não há ou não deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente, que valham o risco de encurtar a vida".



Por que "mente" é um substantivo concreto?

Porque os substantivos concretos nomeiam seres, pessoas, lugares, animais, vegetais e coisas - mesmo que se refiram a um conceito abstrato, como a palavra mente. Já "os substantivos abstratos designam ações (beijo, trabalho, saída), estado e qualidade (prazer, beleza) considerados fora dos seres, isto é, como se tivessem existência individual", define Evanildo Bechara na Moderna Gramática Portuguesa (672 págs., Ed. Lucerna, tel. 21/3393-3334, 74,90 reais). É importante lembrar que concreto e abstrato são categorias da linguagem, e não da realidade. "A classificação dos substantivos em concretos e abstratos pertence mais à Filosofia do que à Gramática; gera sutilezas ou discrepâncias de nenhum proveito para o idioma", de acordo com Napoleão Mendes de Almeida na Gramática Metódica da Língua Portuguesa (704 págs., Ed. Saraiva, tel. 0800-754-4000, 112,80 reais). Confira os exemplos:

 Por que

 

 

O que é a figura de linguagem chamada paradoxo?

O paradoxo é identificado quando uma frase não corresponde à lógica ou ao senso comum. Nele, dois sentidos se fundem numa mesma ideia, criando um efeito de contradição. É importante lembrar que o paradoxo é diferente da antítese, pois nessa última predominam ideias opostas, que não causam, necessariamente, uma estranheza de sentido, como "estou acordado e todos dormem". Um clássico exemplo do paradoxo aparece no soneto de Luís de Camões (1524-1580) abaixo:

O que é a figura de linguagem chamada paradoxo?

Apesar de "ferida que dói e não se sente" ser uma proposição falsa - já que toda ferida que dói na vida real é sentida -, o verso traz verdades do ponto de vista poético, quando se refere ao sentimento do amor.

A palavra "obrigado" tem a ver com obrigação?

Sim, quando se considera a relação da palavra "obrigado" com o verbo "obrigar". Nesse caso, quem agradece remete à seguinte ideia: "Eu me obrigo a dar um retorno sobre algo de bom que foi feito para mim". Mas a palavra "obrigado" também pode ser usada como cortesia. A impostação da voz, a expressão do rosto e o olhar - elementos que compõem a fala - ajudam na interpretação do que se diz e na distinção do tom de obrigação ou de polidez. Leia, abaixo, exemplos de diálogos usando essas duas interpretações.
A palavra

Português -

Qual a diferença entre língua e linguagem?

 

A linguagem é a capacidade que os seres humanos têm para produzir, desenvolver e compreender a língua e outras manifestações, como a pintura, a música e a dança. Já a língua é um conjunto organizado de elementos (sons e gestos) que possibilitam a comunicação. Ela surge em sociedade, e todos os grupos humanos desenvolvem sistemas com esse fim. As línguas podem se manifestar de forma oral ou gestual, como a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Português - "Dica"

Falar "a gente" é correto ou só é certo usar "nós"?

 

As duas formas estão corretas e dependem da ocasião em que são empregadas. A gramática tradicional considera apenas a existência dos pronomes pessoais eu, tu, ele, nós, vós e eles - leque que não inclui formas como você e a gente. Por isso, quando fazemos o uso da norma culta, é exigido o nós. É o caso, por exemplo, da redação de leis. O pronome também é recomendado para situações formais de uso da língua - como um seminário acadêmico. Já na comunicação informal, "a gente" é perfeitamente aceitável. Leia, abaixo, as regras de concordância para usar corretamente essa forma verbal.


Verbo fica sempre no singular
A gente quer comida.

Adjetivo fica no feminino caso se refira a mulheres e no masculino se incluir pelo menos um homem
A gente está cansada.
A gente está cansado.

Gramática a favor da leitura e da escrita

O tempo de pedir a classificação de frases descontextualizadas ficou para trás. Aprenda como trabalhar o tema durante o estudo dos textos de diversos gêneros

1. Foco no sujeito
Numa pausa do projeto de produção da revista, Silvia explicou à turma o que são os períodos simples e compostos, além da função de cada expressão ou palavra dentro das orações. Para que os alunos identificassem e classificassem o sujeito, localizassem o núcleo dele e a classe gramatical do núcleo, a professora entregou a crônica à direita, em que ela introduziu repetições intencionalmente.


O trecho abaixo é uma adaptação do início da crônica Quando Se É Jovem e Forte, de Affonso Romano de Sant'Anna. Leia-o e faça a atividade.

Uma vez uma mulher me disse: vocês jovens não sabem a força que têm. A mulher falava isso como se a mulher colocasse uma coroa de louros num herói. A mulher falava isto como se não apenas eu, mas todos os jovens fôssemos um grego olímpico ou um daqueles índios parrudões nos rituais da reserva Xingu.

De certa maneira, a mulher dizia: vocês têm o cetro na mão. E eu, jovem, tendo o cetro na mão, não o via.

Aquela frase me fez olhar a mulher de onde a mulher falava: do lugar da não juventude. A mulher expressava seu encantamento a partir de uma lacuna. A mulher se colocava propositadamente no crepúsculo e com suas palavras me iluminava.
Reescreva o texto, eliminando as repetições da expressão "a mulher".

Uma vez uma mulher me disse: vocês jovens não sabem a força de têm. Ela falava isto como se colocasse uma coroa de louros num herói. Falava isto como se não apenas eu, mas todos os jovens fôssemos um grego olímpico ou um daqueles índios parrudões nos rituais da reserva do Xingu. De certa maneira, a mulher dizia: vocês têm o cetro na mão. E eu, jovem, tendo o cetro, não o via.

Reescrita sem repetições
A professora pediu que os jovens reescrevessem o texto evitando usar tantas vezes a palavra "mulher". Eles deram conta da tarefa (veja o exemplo acima). Depois da correção coletiva, todos receberam o original da crônica e discutiram os recursos empregados pelo autor para evitar as repetições sem mudança de sentido. Por fim, Silvia listou os recursos gramaticais utilizados pelos próprios alunos durante a tarefa e fez a sistematização. "Eles reconheceram que a adaptação que eu distribuí era cansativa e pobre. A importância da releitura e da revisão do texto, assim, se tornou clara para todos."


2. Organização textual
Durante o trabalho de conceitualização do sujeito, iniciou-se a leitura de reportagens, como a mostrada à direita. Em seguida, a turma observou os elementos que ajudaram na organização textual, como pronomes e contrações, usados para evitar repetições.
Leia e identifique elementos que colaboram na organização textual

Eu tenho nome

Pipa, Bacalhau, Rolha de Poço, Quatro-Olhos, Lombriga, Nerd, Gaguinha... Na hora de inventar apelidos idiotas, a galera esbanja criatividade! Se a gente fosse fazer uma lista deles, pode apostar, ela não acabaria nunca! Essa história de ficar zoando com os amigos, colocando neles apelidos maldosos, é uma tremenda sacanagem. Quando um colega aponta o outro na hora do recreio e fala "Lá vai a Baleia fora d’água", a intenção pode até ser divertir a turma, provocando risos em uns e outros. Mas na verdade, o que acaba causando é muita mágoa em quem está na berlinda, sendo alvo da gozação. Então, nesse tipo de "brincadeira", não tem nada de engraçado, não. Atitudes que ofendem e magoam não têm nada de divertido. Quem já sentiu na pele a dor de receber um apelido desses sabe disso muito bem.

Fonte Revista Atrevidinha, nº 11, março de 2005.


Um sujeito, diferentes termos
Silvia propôs que os alunos realizassem com ela a atividade à direita. Dessa maneira, ela mostrou como os sujeitos eram recuperados pelo autor do texto para garantir a coerência dele. A turma identificou diferentes exemplos. Na frase "Se a gente fosse fazer uma lista deles, ela não acabaria nunca!", o sujeito ela (um pronome) substitui uma lista, termo já citado. Para retomar "nesse tipo de brincadeira", o autor escreveu "atitudes que ofendem e magoam".
 Complete o quadro com os sujeitos relacionados aos verbos da primeira coluna e com a forma alternativa como são citados.




Verbo
Sujeito
Outra forma como aparece no texto
EsbanjaA galeraNão aparece
Fosse fazerA genteNão aparece
AcabariaElaUma lista
ApontaUm colegaOculto
Acaba causandoUm colega (oculto)Um colega
TemNesse tipo de brincadeiraAtitudes que ofendem e magoam
TêmAtitudes que ofendem e magoamNesse tipo de brincadeira
SabeQuem já sentiu na pele a dor de receber um apelido dessesNão aparece


 3. Produção de parágrafos
Antes de a turma escrever as reportagens, Silvia propôs um desafio: organizar alguns dados em períodos bem elaborados, articulados entre si e sem repetições. Eram nove parágrafos, como o mostrado à direita, que formavam o texto Ser Famoso Não É Troféu. Para ajudar, ela apresentou uma lista de pronomes e expressões de explicação e causa, citação, oposição e conclusão, além das temporais. Cada aluno passou seu texto para um colega revisar. Na hora da correção coletiva, todos receberam um modelo com uma das possíveis construções para comparar com as suas e depois socializaram as diferentes formas de produzir os parágrafos.

Organize as informações apresentadas em parágrafos. Eles devem formar um texto coeso.

Dados O professor de teatro Beto Silveira, de 54 anos, tem uma opinião. Essa opinião é uma má notícia para quem acredita já ter nascido pronto para ser artista. A opinião do professor Beto Silveira é a de que o segredo do sucesso na profissão é trabalho e não talento. "Acabou o tempo de pensar que os artistas são inspirados por Deus."

Parágrafo

Segundo o professor de teatro Beto Silveira "acabou o tempo de pensar que os artistas são inspirados por Deus" - má notícia para aqueles que acreditam ter nascido prontos para o sucesso.