A opção pelas duas abordagens
Bem, a opção por essas duas abordagens se dá pelo fato de que o ensino/aprendizagem da produção textual deve privilegiar o linguístico e o social. Consequentemente, há o reconhecimento da importância dos gêneros textuais na nossa vida social como também a sua integração nas práticas escolares de letramento, como objeto de estudo que contribui para o ensino da linguagem em sala de aula. Torna-se, então, uma exigência para a nossa prática pedagógica reconhecer o papel da interação e das práticas sociais na compreensão da linguagem em uso, entendendo o ensino da produção textual como processo interacional, dialógico e social. Segundo Antunes (2003, p. 45):
A atividade da escrita é, então, uma atividade interativa de expressão, (ex-‘para fora’), de manifestação verbal das ideias, informações, intenções, crenças ou dos sentimentos que queremos partilhar com alguém, para, de algum modo, interagir com ele. Ter o que dizer é, portanto, uma condição prévia para o êxito da atividade de escrever. Não há conhecimento linguístico (lexical ou gramatical) que supra a deficiência do ‘não ter o que dizer’.
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