domingo, 27 de novembro de 2011

O Currículo de Língua Portuguesa - concepções- Analise Linguística

As orientações metodológicas dadas pelos PCNs resultam, também, das concepções sobre língua, linguagem e ensino-aprendizagem que assumem; portanto, faz-se necessário que o professor de Língua Portuguesa conheça tais concepções e assuma, em sua prática docente, um posicionamento claro a respeito desses conceitos.


É possível dizer que as concepções sobre língua e linguagem que embasam os PCNs advêm da teoria da enunciação (que será tratada no Módulo 16).

Como já vimos no início de nossa conversa, o conceito de linguagem que tem sido assumido é o de “linguagem como forma de interação”; consequentemente, para a língua, assume-se a concepção de “sistema de signos específico, histórico e social, que possibilita a homens e mulheres significar o mundo e a sociedade." (PCN, 1998, p. 20)


Diante disso, entende-se que os PCNs vislumbram um professor capaz de fundamentar-se em tais conceitos e elaborar projetos de ensino e sequências didáticas que busquem dar conta de um trabalho assentado nessas concepções propostas.

Teoria da enunciação :de acordo com essa teria, ao se apropriar do aparelgo formal da língua, isto é ao enunciar, o individuo coloca-se como locutor, revelando sua individualidade, sempre marcada pelas condições sócio-históricas em que se insere. Na enunciação, o individuo implanta o outro diante de si e nesse momento, a língua passa a efetuar-se em uma instância de discurso, através do qual ocorre a interação. Ao interagirem através da linguagem, as pessoas as pessoas estão sempre se constituindo e organizando suas atividades mentais, ao mesmo tempo em que a língua se constitui e se organiza em um fazer e desfazer contínuo. Essa situação de produção, circulação e recepção é o que compõe os gêneros do discurso e mostra a língua como sendo viva e dinâmica.

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