domingo, 19 de fevereiro de 2012

Nova comunicação – alterando a maneira de pensar e conviver em sociedade

Pierre Lévy (1993, p. 7) comprovou em seus estudos que o computador oferece uma nova maneira de comunicação e altera a maneira de pensar e conviver em sociedade, como as mudanças ocorridas com o surgimento dos livros e da televisão. Declara, portanto, que:

novas maneiras de pensar e conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. (...) Escrita, leitura, visão, audição, criação, aprendizagem são capturadas por uma informática cada vez mais avançada.

Ele ainda se preocupou em demonstrar que a informática é uma nova técnica de comunicação e que ela interfere na maneira de o indivíduo representar o mundo e com ele interagir, além de ser uma das peças-chave do processo de globalização:
a quantidade de coisas e técnicas que habitam o inconsciente intelectual, até o ponto extremo no qual o sujeito do pensamento quase não se distingue mais de um coletivo cosmopolita. (ibid:11)

Devido às facilidades e perspectivas que oferece, essa máquina passou, naturalmente, a interessar à educação. Muitas escolas, a partir da década de 1960, começaram a utilizar-se de seus benefícios, primeiramente na área administrativa e, a partir do final da década de 1970, na área pedagógica, oferecendo cursos de computação aos seus alunos na tentativa de aproximar a escola da sociedade tecnológica. O psicólogo Yves de La Taille e colaboradores (1995, p. 19) observam:

E, sendo a escola uma instituição dessa sociedade, é natural que ela tenha que modificar também sua forma de transmitir esse patrimônio. Isso por duas razões: por um lado, a escola não tem escolha, pois depende da organização social, e, por outro lado, como é sua tarefa preparar o aluno para a sociedade, ela deve ensiná-lo a se servir dos novos recursos.


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