quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Uma reflexão sobre a terminologia tipologia textual

Então, você refletiu sobre o uso das terminologias tipologia e gênero textual?

Podemos dizer que até recentemente o ensino de produção de textos/redação consistia fundamentalmente na trilogia narração, descrição e dissertação, cuja finalidade era: a formação de escritores literários, caso o aluno se aprimorasse nas duas primeiras modalidades textuais, ou a formação de cientistas (caso da terceira modalidade) (ANTUNES, 2004).

O ensino era feito como um procedimento único e global, como se todos os tipos de texto fossem iguais e não apresentassem determinadas dificuldades e, por isso, não exigissem aprendizagens específicas. Além disso, essa concepção guarda em si uma visão equivocada de que narrar e descrever seriam ações mais “fáceis” do que dissertar, ou mais adequadas à faixa etária, razão pela qual esta última tenha sido reservada às séries terminais — tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.

É preciso ficar claro que é importante o conhecimento da tipologia textual; entretanto, ficar apenas nessa forma de ensino pode causar limitações e alguns problemas, uma vez que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embora possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se concretizam em formas diferentes, ou gêneros, que possuem diferenças específicas. Este assunto também será aprofundado no próximo módulo.

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