Texto injuntivo

Conforme Bronckart (2003, p. 219), Adam chegou a considerar a sequência injunção, mas a descartou posteriormente, por se tratar de um tema um tanto quanto desconhecido e, por que não dizer, controverso.

Mas, afinal, o que é a sequência injuntiva?

Conforme Marcuschi (2005, p. 28), ao se referir à caracterização de Werlich, o tipo injuntivo “vem representado por um verbo no imperativo. São os enunciados incitadores à ação”. Também podem ser usados verbos modais, como dever e ter que. Fávero e Koch (1987), além do modo imperativo, acrescentam outras marcas linguísticas que caracterizam o tipo injuntivo: infinitivo, futuro do presente, vocativos e verbos performativos.

O tipo injuntivo pode ser encontrado em diferentes gêneros textuais, entre eles o texto de opinião, que serviria como um recurso a mais no processo de persuasão do leitor. Esse tipo textual não se caracteriza apenas por uma ordem; pode ser também sugestão, conselho, alerta, pedido, convite, instrução, súplica, dependendo do contexto e do tom. Contudo, terá sempre o objetivo de fazer com que o interlocutor (leitor/ouvinte) realize ou não o que o locutor (autor/falante) está “prescrevendo”, indicando.