Pragmática: atos de fala ou atos de linguagem
Foi com um ato de fala — segundo o livro Gênesis, da Bíblia — que Deus iniciou o universo. Deus disse “Fiat lux”, a luz se fez. A partir daí, todo o resto se criou e ao mesmo tempo em que as coisas estavam sendo criadas, Deus as nomeava.
Austin foi o primeiro teórico a apontar o fato de que dizer significa transmitir informações, mas significa também e, sobretudo, uma forma de agir sobre o interlocutor e sobre o mundo ao redor.
Até então, os linguistas e os filósofos, de modo geral, pensavam que as afirmações serviam apenas para descrever um estado de coisas e, portanto, eram verdadeiras ou falsas. Austin põe em xeque essa visão descritiva da língua, mostrando que certas afirmações não servem para descrever nada, mas sim para realizar ações. Ou seja, as falas e os discursos estão carregados de intencionalidade.
Austin dividiu os atos de fala em dois tipos:
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