terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Enunciação, Discurso, Pragmática e Semiótica

Teoria dos atos de fala

O principal mecanismo interpretativo que intervém na decodificação dos atos de fala indiretos são as célebres máximas conversacionais do linguista Paul Grice. Quanto menos convencionalizado é um ato de fala indireto, mais ele necessita do contexto para esclarecer seu valor ilocutório.

Antes de concluirmos, cumpre salientar que a teoria dos atos de fala trouxe para o foco de atenção dos estudos linguísticos os elementos do contexto (quem fala, com quem se fala, para que se fala, onde se fala, o que se fala etc.), os quais fornecem importantes pistas para a compreensão dos enunciados. Essa proposta muito tem influenciado e inspirado os estudos posteriores destinados a aprofundar as questões que envolvem a análise dos diferentes tipos de discurso. Com efeito, os atos de fala são, hoje, uma fonte inesgotável de trabalhos tanto na área da pragmática quanto na área da linguística em geral.

Para muitos, a obra de Austin constituiu um verdadeiro marco divisor dos estudos linguísticos, inaugurando uma nova concepção de linguagem performativa e pragmática, a qual rompeu com uma longa tradição de estudos linguísticos caracterizados por uma concepção meramente descritiva da linguagem.

Semiótica

A Semiótica tem por objetivo explicar e descrever o que o texto diz e como ele faz para dizê-lo.


Para construir o sentido de um texto, a Semiótica concebe o seu plano do conteúdo sob a forma de um percurso gerativo que pode ser resumido como segue:


  • O percurso que vai do mais simples e abstrato ao mais complexo e concreto.


  • Durante o percurso, são estabelecidas três etapas e cada uma delas pode ser descrita e explicada por uma gramática autônoma, muito embora o sentido do texto dependa das relações entre os níveis:




A Semiótica está sempre preocupada com a interação sujeito/texto.


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