Enunciação, Discurso, Pragmática e Semiótica
Qualificações modais
Essa relação sofre qualificações modais:
Na modalização do fazer, é preciso distinguir dois aspectos: o fazer-fazer, isto é, o fazer do destinador que comunica valores modais ao destinatário para que ele faça; e o fazer-ser, que comunica valores que se relacionam à competência do sujeito. Na organização modal da competência, o sujeito combina dois tipos de modalidades: as virtualizantes, que instauram o sujeito a um dever-fazer e querer fazer, e as atualizantes, que o qualificam a um saber-fazer e poder-fazer.
Para que o contrato seja estabelecido entre o destinador e o destinatário no momento da interação, o destinatário tem de ter um querer, dever, saber e poder-fazer.
Qualquer texto pode transformar a subjetividade de um discurso. Desta possibilidade, constroem-se o discurso apaixonado (quando há um tom passional, ou seja, a paixão subjaz ao ato enunciativo) e o discurso da paixão (quando essa paixão é citada ou representada).
Discurso apaixonado é depreendido na enunciação; discurso da paixão, no enunciado. “A Semiótica, ao examinar as paixões, não faz um estudo dos caracteres e dos temperamentos. Ao contrário, considera que os efeitos afetivos ou passionais do discurso resultam da modalização do sujeito de estado” (FIORIN, 2007, p. 10). A modalização, por meio da combinação de modalidades, permite-nos investigar não apenas os atos, mas as transformações dos estados do sujeito ou efeitos de sentido passionais.
A modalização do ser define a existência modal do sujeito de estado em relação ao objeto-valor ao incidir sobre o objeto. Contudo, a modalização do ser apresenta mais dois tipos de modalidades, que incidem sobre a relação de conjunção ou de disjunção entre sujeito e objeto: veridictórias e epistêmicas.
A modalização do ser, portanto, dá existência modal ao sujeito de estado, definindo estados passionais, de bem-estar ou de mal-estar, resultantes da relação do sujeito com seu objeto. Esses estados passionais são chamados de “paixão”. Antes que haja uma confusão na definição deste termo, entendido no senso comum como um caso amoroso, para a Semiótica “as paixões [...] devem ser entendidas como efeitos de sentido de qualificações modais que modificam o sujeito do estado” (BARROS, 2001, p. 61). A paixão (estado de alma) foca o sujeito de estado, que segue um percurso entendido como uma sucessão de estados passionais.
Qualquer texto pode transformar a subjetividade de um discurso. Desta possibilidade, constroem-se o discurso apaixonado (quando há um tom passional, ou seja, a paixão subjaz ao ato enunciativo) e o discurso da paixão (quando essa paixão é citada ou representada).
Discurso apaixonado é depreendido na enunciação; discurso da paixão, no enunciado. “A Semiótica, ao examinar as paixões, não faz um estudo dos caracteres e dos temperamentos. Ao contrário, considera que os efeitos afetivos ou passionais do discurso resultam da modalização do sujeito de estado” (FIORIN, 2007, p. 10). A modalização, por meio da combinação de modalidades, permite-nos investigar não apenas os atos, mas as transformações dos estados do sujeito ou efeitos de sentido passionais.
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