A forma mais precisa é "risco de morte" ou, melhor ainda, "correr o
risco de morrer". Mas a expressão "risco de vida" não está incorreta, já
que se associa à ideia de colocá-la em perigo. Seu uso está previsto no
dicionário
Houaiss, que cita a expressão "risco de vida" e é
comumente encontrada em textos jornalísticos e literários. O
psicanalista Contardo Calligaris, em artigo no jornal
Folha de S.Paulo,
por exemplo, escreve: "Não há ou não deveria haver prazeres que valham
um risco de vida ou, simplesmente, que valham o risco de encurtar a
vida".
Por que "mente" é um substantivo concreto?
Porque os substantivos concretos nomeiam seres, pessoas, lugares,
animais, vegetais e coisas - mesmo que se refiram a um conceito
abstrato, como a palavra mente. Já "os substantivos abstratos designam
ações (beijo, trabalho, saída), estado e qualidade (prazer, beleza)
considerados fora dos seres, isto é, como se tivessem existência
individual", define Evanildo Bechara na Moderna Gramática Portuguesa (672
págs., Ed. Lucerna, tel. 21/3393-3334, 74,90 reais). É importante
lembrar que concreto e abstrato são categorias da linguagem, e não da
realidade. "A classificação dos substantivos em concretos e abstratos
pertence mais à Filosofia do que à Gramática; gera sutilezas ou
discrepâncias de nenhum proveito para o idioma", de acordo com Napoleão
Mendes de Almeida na Gramática Metódica da Língua Portuguesa (704 págs., Ed. Saraiva, tel. 0800-754-4000, 112,80 reais). Confira os exemplos:

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